Publicado: Segunda, 21 Outubro 2013 08:19
  Fonte: Portal Terra


O ministro de Educação da Irlanda, Ruairií Quinn, garantiu nesta segunda-feira que os estudantes brasileiros são "bem-vindos" em seu país e que espera que aumente o número de jovens que escolhem o país como destino através do programa Ciência sem Fronteiras, que em 2013 chegou a 1.200 bolsistas.

 

Em entrevista à Agência Efe durante sua visita oficial ao Brasil, Quinn afirmou que conheceu estudantes brasileiros na Irlanda e que os achou "muito entusiasmados e comprometidos" com sua incorporação nas universidades e instituições de ensino.

"Os centros também estão muito felizes com a presença dos brasileiros, dizem que são muito ativos e inteligentes", acrescentou o ministro, que se reunirá na próxima quarta-feira com o ministro da Educação do Brasil.

Para Quinn, o programa Ciência sem Fronteiras está tendo "um começo muito bom" que eles pretendem "desenvolver" no futuro. Ele também se mostrou confiante com a manutenção das relações dos estudantes com a Irlanda mesmo após o término do estadia no país.

Segundo explicou à Efe, foi o Brasil que propôs a participação no projeto educativo para formar estudantes em áreas de ciência e pesquisa, e a Irlanda colocou à disposição do programa "não só uma universidade, mas todas as suas instituições".

"Há cerca de 50 mil universidades de pesquisa e ciências no mundo todo, nós temos sete", lembrou Quinn. De acordo com ele, dessas sete, todas estão entre as 600 primeiras, e duas entre as 150 primeiras. "Somos um país com cultura de educação", disse.

Ao mesmo tempo, o ministro admitiu que a relação entre Brasil e Irlanda através deste tipo de projetos educativos pode trazer benefícios "para ambas as partes".

"O Brasil está ganhando seu espaço na economia mundial, já é uma grande economia, mas muito fechada em si mesma, embora o mundo esteja mudando", afirmou o ministro, que espera que o número de alunos brasileiros em seu país passe de 1.200 para 2 mil em 2014.

Quinn informou que as exigências para obter uma vaga nos projetos educativos são "altas" mas que apesar disso, "sempre há candidatos aptos" e explicou que as áreas de ciências matemáticas, assim como as engenharias, são as mais procuradas.

Em relação ao programa "know how" da Irlanda para a incorporação de tecnologias no sistema educacional, o ministro explicou que "estamos em meio a um momento único, científico e histórico", no qual é "muito difícil enxergar o cenário com clareza", embora, segundo sua opinião, "o ser humano sempre tenha apendido com outras civilizações".

"Há séculos tínhamos o livro para ler e lembrar, e agora tudo está no telefone, não precisamos decorar nada", comentou.

Para Quinn, é "difícil" descrever o momento "de transição" que atravessamos: "os telefones celulares foram incorporados nos últimos cinco ou 10 anos. Se em dez anos foi assim, como será dentro de 20", questionou.

Durante a visita do ministro irlandês, que começou no último dia 19 e termina no próximo sábado, junto com uma equipe de mais de 70 pessoas, sete acordos institucionais na área de educação já foram assinados.

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