Publicado: Segunda, 30 Setembro 2013 11:46
  Fonte: Portal R7


Profissionais debateram inovação no ensino universitário durante evento em São Paulo

15 Fnesp


O papel dos rankings universitários foi destaque durante debate na manhã desta sexta-feira (27) durante o 15º Fnesp (Fórum Nacional do Ensino Superior Privado). Entre os convidados, especialistas pelos principais rankings e avaliações do País se encontraram em São Paulo para falar sobre o assunto.

Comum em diversos países, os rankings ainda são uma novidade relativa no Brasil. Segundo Rogério Meneghini, coordenador do RUF (Ranking Universitário Folha), atualmente existem 150 milhões de estudantes universitários no mundo, sendo que 2% são imigrantes. O crescimento chega a 15% ao ano.

Sobre as eventuais lacunas nas avaliações, criticadas principalmente por instituições mal posicionadas, Rogério assume que a metodologia não é completa ainda. 

— É preciso lembrar que as metodologias dos rankings ainda estão em construção, e isto é reconhecido pelos próprios elaboradores mundo afora.

Meneghini ainda lembra que no Brasil não é possível utilizar o critério das publicações científicas, padrão normalmente utilizado em padrões internacionais. Isto, pois, seria necessário dividir as universidades nacionais em duas categorias: as de pesquisa e as ensino.

— As instituições com a maior quantidade de citações, como a UniFumec (Universidade Fundação Mineira de Educação e Cultura), UFABC (Universidade Federal do ABC) etc, possuem núcleos de estudo pequenos, mas que fazem contribuições internacionais. Por isso elas conseguem ser bem citadas nestes rankings.

O marketing, seja positivo ou negativo, acerca do posicionamento da instituição de ensino superior no ranking acaba gerando movimentação por parte delas, segundo o coordenador do RUF. 

— As posições das universidades nos rankings estão se tornando uma moeda de valor. Isto tem sido usado para atrair alunos, tanto em nível nacional quanto internacional. Mas nem sempre as mudanças motivadas pelo posicionamento no ranking são positivas para a instituição.

Por fim, Meneghini reconhece que o ranking é produzido para ser veiculado em jornais e revistas, no mesmo local onde as universidades fazem seus anúncios.

— Sempre tomamos cuidado para evitar um conflito de interesses. Mas não há uma medida sobre isso.

Claudia Maffini Griboski, diretora de avaliação da educação superior do MEC (Ministério da Educação), defende a divulgação e ampliação dos indicadores levantados pelo ministério. Segundo ela, este perfil melhora muito a educação superior no Brasil. O efeito para a instituição, porém, nem sempre é o desejado.

— A divulgação, muitas vezes, o efeito é mais negativo do que positivo. Isto porque o debate para as melhorias deveria surgir internamente, mas, muitas vezes, acaba se iniciando externamente.

Claudia também defendeu a ampliação na quantidade de itens pesquisados sobre a qualidade das instituições de ensino superior. A diretora aproveitou para citar como exemplo o perfil profissional do egresso e a internacionalização, que são novos desafios para os planos pedagógicos das instituições.

Avaliação subjetiva

Lisandra Matias, editora do Guia do Estudante, da editora Abril, destacou que o guia é uma pesquisa de opinião, ou seja, não leva em conta dados objetivos.

— A publicação mostra quais são os melhores cursos da área para o aluno do terceiro ano do ensino médio prestar.

Por ser um trabalho típico jornalístico, Lisandra destaca que sua abrangência é maior, e mais subjetiva. As informações passadas são levantadas entre cerca de 4.000 pareceristas, formados por coordenadores de curso, professores e diretores de departamento.

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