Publicado: Quinta, 15 Janeiro 2015 16:22
  Autor: Iara Guimarães Altafin
  Fonte: Agência Senado

 

Não é por acaso que o lápis, símbolo da luta contra a ação de terroristas, é também o símbolo da luta pela educação, pois está na educação a única saída capaz de parar a fábrica de terrorismo.

A comparação foi feita pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que promove nesta quinta-feira (15) no Senado um ato contra o terrorismo, a islamofobia e pela liberdade de expressão, reunindo cerca de 30 embaixadores e representantes diplomáticos, além de líderes religiosos e jornalistas.

 

— Não vejo outra saída para parar a fábrica de terrorismo no mundo do que um grande programa internacional de educação, para todas as crianças. Colocá-las em escolas de qualidade, para terem a formação para a paz, a consciência da tolerância com todas as religiões, todas as culturas — disse.

Na opinião do parlamentar, o Brasil pode dar o exemplo, oferecendo educação de qualidade para sua população. Ele lembra que somos um país com maior tolerância religiosa, sendo remota a possibilidade de ação de extremistas religiosos, mas ressalta que nenhum país está livre do terrorismo.

— O mundo ficou um só. A globalização não veio só para a economia, a globalização veio para tudo, inclusive para o terror. Qualquer país do mundo pode ser vítima de ações terroristas e qualquer país tem que ser solidário com aqueles que sofrem terrorismo — frisou.

O senador observa ainda que falta aos jovens a mística de lutas transformadoras e utópicas, o que pode resultar em desesperança e em atração para a violência e as drogas.

— O jovem que quer um sapato, que deseja o consumo e não consegue, fica sujeito à tentação de reagir. Alguns reagem trocando o tênis que não conseguiram por uma metralhadora. Alguns, ao invés de metralhadora, caem nas drogas — disse.

O ato realizado nesta quinta-feira, denominado “Somos Charlie”, explica Cristovam, manifesta a indignação do Parlamento brasileiro aos ataques terroristas ocorridos na sede da revista francesa Charlie Hebdo e num supermercado frequentado por judeus, que resultaram em 17 mortos. Também é uma manifestação de repúdio ao crescimento do sentimento contra o islamismo e uma forma de promover o debate sobre saídas para frear ações terroristas.


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