Publicado: Terça, 03 Setembro 2013 14:17
  Fonte: Portal da Universidade Tiradentes
  Link: http://www.unit.br/not%C3%ADcias_principais/vw/1/itemid/7225.aspx?skinsrc=%5bg%5dskins%2f%5bunit%5dnoticias%2fnoticiasprincipal

Cerca de cem reitores de instituições públicas e privadas do ensino superior participam, em Aracaju, do Fórum do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB). O evento foi aberto na noite dessa quinta-feira, 29, e prossegue até esta sexta, 30, no Campus Farolândia da Universidade Tiradentes. O Fórum com a participação de representantes de diversos órgãos vinculados ao MEC e de entidades como a Associação Nacional de Universidades Particulares (Anup), Associação Brasileiras das Universidades Comunitárias (Abruc), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), entre outras. Também participam dos debates o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), presidente da Comissão de Educação do Senado, e do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), membro das comissões de Educação, Ciência e Tecnologia da Câmara Federal.

 

O objetivo do Fórum do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras é intensificar as discussões sobre os desafios e perspectivas da educação superior no País. “Nós temos o desafio de expandir a educação superior com qualidade, considerando-se a realidade de cada região. Precisamos ampliar a formação de professores, engenheiros, médicos, profissionais de áreas que se revelam urgentes e prioritárias para se atender às demandas da população brasileira”, afirma o reitor da PUC-GO e presidente do CRUB, professor Wolmir Amado.

“Nós temos em torno de sete milhões de pessoas no ensino superior e o Plano Nacional de Educação nos aponta que precisamos chegar a dez milhões. Uma uma expansão nada simples em uma rede como a nossa, ainda mais quando o MEC não abre mão da prerrogativa da qualidade no atendimento ao que a sociedade demanda: cursos superiores em áreas estratégicas, que permitam o desenvolvimento social, econômico, ambiental. O Governo não faz isso sozinho, daí a importância desse diálogo com as instituições de ensino superior, que também assumem o compromisso da qualidade”, afirma o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa.

O presidente da Anup, Altamiro Galindo, ressalta a importância de programas de financiamento para a democratização da educação superior. “Hoje o ensino privado no Brasil representa 75% do alunado e está em expansão. Há alguns anos, não existia nenhum sistema bancário que desse aos cidadãos de padrão de vida inferior, a oportunidade de estudar. Essas pessoas chegavam à faculdade somente quando instituições como a Unit concediam bolsas de estudos. Hoje, elas podem frequentar os bancos universitários com a ajuda do Governo Federal, por meio de financiamento. Este foi um plano que deu certo e abriu boa perspectiva de crescimento para as IES privadas também”, argumenta, Galindo.

O professor José Fernandes Lima, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), enxerga no ensino a distância um mecanismo de democratização da educação superior. “Muitos brasileiros querem e merecem ter acesso ao ensino superior, mas moram longe dos grandes centros e não têm condições de se deslocar para estudar. O EAD é um mecanismo que, se bem trabalhado e avaliado com cuidado, pode garantir a todos esses cidadãos, o acesso à educação superior de qualidade”, analisa.

Para o deputado federal Izalci Lucas, a abertura de cursos técnicos nas instituições de ensino superior, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), representa a garantia de mais oportunidades para os jovens brasileiros. “O Brasil não tem tradição na formação técnica, não registra 6% dos alunos nesta modalidade, contra uma Alemanha e um Japão com mais de 50%. Com a abertura do Pronatec a nossa estimativa é oferecer, em 2014, pelo menos oito milhões de vagas em cursos técnicos no País”, diz o parlamentar.

Já o senador Cyro Miranda ressalta que também é preciso resolver os problemas da educação de base para melhorar a qualidade do ensino superior. “Temos que recuperar o ensino fundamental e médio, dando igualdade de condição para que o aluno seja competitivo e não só criando cotas. Isto é um paliativo que não resolve o problema”, argumenta.

O professor Jouberto Uchôa de Mendonça, reitor da Universidade Tiradentes, ressalta a importância dos investimentos em programas stricto sensu para a formação de mestres e doutores e o desenvolvimento do País. “O Brasil hoje tem apenas dois programas de doutorado em Biotecnologia Industrial aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O mais recente deles é da Unit, instituição particular sergipana que, nos últimos três anos, conseguiu aprovação do MEC para ofertar cinco cursos stricto sensu, dois deles em nível de doutoramento. Esta é uma prova de que estamos no caminho certo”, diz o gestor da Unit. 

© 2024 Funadesp. Todos direitos reservados.

Desenvolvido por AtomTech