Publicado: Quarta, 05 Junho 2013 11:49
  Autor: Luana Mesa
  Fonte: Jornal do Comércio - RS

Para Ozires, reitor da Unimonte, é preciso focar em graduações de maior impacto Social.


Pensar além das fronteiras. É a essa perspectiva que o reitor da Unimonte, Ozires Silva, credita uma possível mudança para o sucesso da educação brasileira. Para ele, é preciso estar consciente da capacidade de transformação educacional em busca de novas perspectivas. “É o pensar menos no ensino e mais no aprendizado”, afirma.

Na análise do reitor, o crescente desenvolvimento de países como Coreia do Sul e China está relacionado a mudanças no sistema educacional. “Infelizmente, o Brasil não responde a essas mudanças. Conforme o MEC, 70% da população é analfabeta funcional e, entre 56 países analisados, aparece na 53ª posição”, aponta Ozires, que na década de 1960 ajudou a criar a Embraer.

Entre as alternativas mostradas por Ozires, está o foco em graduações de maior impacto na sociedade, como a engenharia. “Enquanto se formam aqui 40 mil profissionais desta área anualmente, a Coreia do Sul apresenta 120 mil novos engenheiros, e a China, 620 mil”, revela. Ele ainda destaca a falta de novas vagas no ensino privado. “Se há demanda, não se pode admitir o mesmo número de alunos de décadas atrás.”

A falta de oportunidade também é apontada pelo reitor como empecilho para o avanço do País. “Não podemos nos contentar com uma pequena elite estudando, enquanto a grande maioria não tem acesso à educação. Transformar a sociedade pensando na educação como prioridade, com estratégia, planejamento, foco, eficiência administrativa é dever de todos”, finaliza.
A abordagem do reitor aconteceu ontem, durante a 9º edição do Seminário de Diretores, promovido pelo Sindicato do Ensino Privado (Sinepe), onde falou a diretores de instituições educacionais do sistema privado de todo o Estado. 

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